Desde 2015 eu tenho palestrado para crianças, jovens e adultos abordando temas de Direito Digital e Educação Digital, com o fim de transmitir informações para que os indivíduos tomem mais cuidados ligados à Segurança da Informação, aclarando sobre Direito Digital, Educação Digital, especialmente no que se referem aos riscos decorrentes do uso da internet, redes sociais, aplicativos, aparelhos eletrônicos, enfim, a tecnologia do cotidiano de um modo geral.
Já fui a mais de 20 (vinte)
escolas, da Prefeitura e do Estado, seja por participar da Comissão da
OAB/SANTANA chamada OAB VAI À ESCOLA, além de grupos da OAB Central, como
abaixo destacado no meu currículo, seja por conta própria. Além de outras
instituições que palestrei, tais como, Universidade Presbiteriana Mackenzie,
Universidade Nove de Julho, Faculdade Paulus de Comunicação, Ordem dos Advogados
do Brasil (Santana), Fábrica da Cultura (Vila Nova Cachoeirinha), ETEC (Parque
da Juventude), Delegacia de Ensino Norte 2, CONSEG – Vila Amália, Ordem dos
Advogados do Brasil (Central) e demais instituições.
Com frequência quase todas as
pessoas me perguntam: “Você está ganhando dinheiro com isso?” Não as culpo,
pois o mundo capitalista nos cobra isso e esse tipo de cobrança tem certo
fundamento, afinal não vivemos do sol. Mas, nem sempre ganhamos dividendos, há
coisas que realmente não tem preço, são bens imateriais, incorpóreos e valem
para nossa evolução como pessoas. De fato, sem falsa modéstia, mais tenho
aprendido do que ensinado algo nessas oportunidades.
Nota-se que pelas situações que
chegam à mídia como as pessoas acabam sendo lesadas nas esferas patrimonial e sentimental,
profissional e pessoal, tais como a exposição demasiada nas redes sociais,
falta de cuidados com as senhas, ataque a reputação, discussões nas redes
sociais, envio de nudes, vingança
pornô, cybebullying, vulnerabilidades dos aplicativos, crimes eletrônicos e
etc. Há casos inclusive que acabam redundando em suicídios, depressões e demais
sequelas.
Vale frisar que, a Educação Digital
tem fundamental importância para gerar conscientização e um comportamento
ético, como os devidos paralelismos com os casos que chegam aos tribunais e as
leis aplicáveis, como dá sustentação o Direito Digital.
Assim, respondendo aos meus
chegados que me perguntam, posso assim argumentar em síntese, se estou ganhando
dinheiro com isso:
A) Ajudo as pessoas a terem
consciência de sua reputação digital e presencial;
B) Possibilito contando casos
reais a importância da prevenção de incidentes digitais;
C) Auxílio na demonstração de que
com a tecnologia as barreiras sociais e de oportunidades podem ser minoradas,
usando a tecnologia de modo justo e legal;
D) Busco clarear a necessidade de
uma ética digital, tratando-se os outros como gostaríamos de ser tratados, para
que se enxergue que do outro lado do monitor há outra pessoa que merece
respeito;
E) Alerto a não se conectar
frente a um computador, celular ou congênere quando se está enfurecido, pois,
escrever algo e publicar quando se está nervoso poderá ser nocivo e gerar
consequenciais graves e perenes;
F) Destaco que, como não podemos
voltar no tempo, friso que devemos cuidar do que somos no aqui e agora para que
isso não tenha consequências no futuro;
G) Tento repassar as experiências
de Segurança da Informação, Direito Digital e Educação Digital para que se
respeite a dignidade da pessoa humana de lado a lado numa relação digital;
H) Busco clarear o pensamento
complexo que envolve as relações informáticas, para que o jovem ou adulto posso
usar as suas melhores potencialidades e tenha uma formação integral, inclusive
em Educação Digital.
Assim, creio que, ganhar dinheiro
ou não com o que se ama fazer é algo que uma hora ocorrerá por esses ou outros
motivos. Mas os ganhos que eu tive nesses últimos anos com tais experiências de
aprendizado valem sobremaneira por uma vida toda e me dão a certeza de que, sim
estou ganhando algo, ainda que esse ganho não fosse recompensado nessa vida
ainda assim valeria a pena, pois, sei que, eu estou fazendo a diferença para
algumas pessoas, especialmente os jovens. Voluntariado é uma grande vivência de
empatia, de poder se permitir, mesmo que por alguns momentos, de emergir no
cotidiano de outrem.
Adriano Augusto Fidalgo. Advogado. Auditor Jurídico.
Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade São Francisco.
Especialista em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia da OAB/SP.
MBA em Auditoria pela Universidade Nove de Julho. Presidente da Comissão
Especial de Direito Digital e Compliance da OAB/Santana. Especialista em
Computação Forense pela Universidade Mackenzie. Mestrando em Educação pela
Universidade Nove de Julho, na Linha de Pesquisa: Educação, Filosofia e
Formação Humana. Membro Efetivo da Comissão Especial de Educação Digital da
OAB/SP. Membro Efetivo da Comissão Especial de Direito Digital e Compliance da
OAB/SP. Membro das Comissões de Direito do Consumidor, CONSEG e OAB vai à
Escola, da Subseção da OAB/Santana. Certificações em Tecnologia da Informação
pela ITCERTS, do Canadá, nos cursos de Ethical Hacking Essentials, Information
Security Policy Foundation e Infosec Foundation. Certificado pelas Academais do
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e World Intelectual
Property Organization (WIPO) no Curso Geral de Propriedade Intelectual. Com
certificações em Fundamentos da Gestão de TI, Ética Empresarial, Processo de
Comunicação e Comunicação Institucional, todos pela FGV. Articulista nos
Portais TI Especialistas, Direito & TI, Profissionais TI, Yes Marília,
Jurisway, Jusnavigandi e Administradores. Palestrante e Pesquisador.
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