domingo, 6 de março de 2016

DISCURSO

DISCURSO

            No Jornal Nacional (04/03/16), acompanhei o discurso do ex-presidente Lula, abordando a condução coercitiva que ocorrera. Por cautela ouvi novamente várias vezes, já que quero pontuar alguns fatores da sua fala.

            Ele tem (ou tinha?) o dom de se manifestar para as massas, com uma retórica duvidosa, mas conseguiu convencer a muitos, pois, além de se eleger, ele também elegeu uma companheira tão inepta quanto ele. Mas ninguém engana a todos o tempo todo. E contra fatos não há argumentos. Vou atacar alguns pontos do seu discurso. Alguns deles eu combato há muitos anos, pois, não por convicção partidária, mas motivado pelo fato de que, ele como pessoa, nunca teve a minha estima ou sequer a mínima simpatia.
            LINGUAGEM. Um homem que está há tanto tempo no poder já poderia ter um melhor vocabulário e preparo, pois dinheiro e tempo não lhe faltaram para estudar. Inclusive, durante as suas milhares de viagens que fez, uma professora particular poderia ter sido contratada e lhe acompanhado. Como dizia Wittigenstein: "Os limites da minha linguagem são os limites do meu Mundo."
            OUTRO IDIOMA. É vergonhoso o fato de ele ser tão aclamado no exterior (como ele sempre diz) e não falar sequer inglês ou algum outro idioma. Pois, como falado no tópico acima, ele é vagabundo e jamais se esforçou para melhorar estudando, como, a propósito, é um dever de todos, mas especialmente de um político. Para ajudar a resolver diversos problemas em prol do bem comum, no mínimo, é preciso entendê-los.
            ESDRÚXULA. No seu discurso é comum botar um palavrão ou uma fala de baixo calão, sempre usa um palavreado vulgar, o que difere de ser simples ou popular. Como ex-presidente tinha que ser mais exemplar, não usar o título apenas para o que lhe favoreça. Foi pego falando palavrões sobre a condução, mais um sofisma, pois segundo a polícia ele vinha se esquivando faz tempo, inclusive fez aquela manobra recente para não comparecer junto ao Fórum Criminal, aqui em São Paulo. Esse é o seu cotidiano, conforme vídeo da “companheira” que está circulando.
            INCOERÊNCIAS. É comum nos seus discursos ele dizer que não sabia de algo ou só frisa em um acontecimento o fato que lhe favoreça. Porque recebe por palestras tão caras se as suas máximas não se sustentam? É para pasmar! Ele é um fanfarrão da fala, um marqueteiro contumaz dele mesmo, mas com certa habilidade para tentar buscar um apelo emocional que lhe favoreça. Ao passo que a sua pupila, Dilma, sequer isso consegue ter, com falas bisonhas e com teorias indefensáveis.
            RETÓRICA GROSSEIRA. Sempre é um coitado nas suas falas. Um marginalizado. Usa o coitadismo como a sua máxima. Disse que é o Presidente que mais ganhou presentes. Outro dia era o homem mais íntegro do mundo. E não é nada humilde, pois vive se comparando. Comparou-se e se autoproclamou superior a cientistas políticos, advogados, políticos, policiais e etc. É melhor que todos! Será?
            CONDUÇÃO COERCITIVA. Nada refutou sobre as acusações de fato que ele sabia do que se tratava. Os filhos têm negócios escusos. Está ligado diretamente junto às construtoras. A empresa do filho (que visa lucro) está usando do mesmo endereço e funcionários do “Instituto”. Assim como a Bancoop que era para ser uma cooperativa agia como incorporadora e lucrava e, ainda cedeu tudo para a OAS de modo deplorável. Nada explica sobre o sítio, o apartamento do Guarujá e etc. Mas confessou que os pedalinhos estão em nome dos netos! Com tantos “amigos” assim, todos acabam se questionando se temos realmente amizades verdadeiras.

            Ora, diante de tantos elementos, pela sua fala, nota-se que não há consistência de argumentos e de vivência. Não discorre com recursos básicos com começo, meio e fim (premissa maior, premissa menor e conclusão), de modo que, não segue uma lógica aristotélica ou qualquer outro sistema lógico. Seu discurso se nutre de coitadismo, falsa defesa dos excluídos e mentiras sem substrato. Totalmente maquiavélico, no sentido de os fins justificarem os meios e os meios garantirem os fins. Ou seja, com cunho eminentemente finalístico!
            Agiu o discursante com torpeza, já que seu extremismo partidário beira o nazismo, em sede de querer destruir qualquer outro argumento que o antagonize. Visando arrebatar qualquer possibilidade de, no mínimo, garantir um dualismo nas situações. Fala maniqueísta extrema. Lembrando também em muito as religiões extremistas.
            Portanto, o discurso do ex-presidente foi lamentável. Se fosse funcionário de uma empresa séria ele deveria ter sido demitido! Por ser ex-presidente não detém salvo conduto, não está imune e tudo o que está ocorrendo (sem entrar no mérito da chamada condução coercitiva), por óbvio, demonstra a autonomia das instituições e que as decisões são jurídicas sim, são políticas sim e são econômicas sim. E deve prevalecer a vontade da maioria, o que atribui legitimidade a um Estado! Um discurso sem coesão, sem substrato fático e sem embasamento não se sustenta, rui e leva o seu interlocutor ao descrédito.

Advogado.
Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade São Francisco.
Especialista em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia da OAB/SP.
MBA (Master Business Administration) em Auditoria pela Universidade Nove de Julho.
Especializando (Lato Sensu) em Computação Forense pela Universidade Mackenzie.
Coordenador da Comissão de Direito do Consumidor, da Subseção da OAB/Santana.
Membro Efetivo da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP.
Curso de extensão pela FGV: “Fundamentos da Gestão de TI”.
Curso de extensão pela FGV. “Processo de Comunicação e Comunicação Institucional”.
Curso de extensão pela FGV: “Ética Empresarial”.

Articulista nos Portais TI Especialistas, Direito & TI, Profissionais TI e Yes Marília.

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