DISCURSO
No Jornal Nacional (04/03/16), acompanhei o discurso do ex-presidente
Lula, abordando a condução coercitiva que ocorrera. Por cautela ouvi novamente
várias vezes, já que quero pontuar alguns fatores da sua fala.
Ele tem (ou tinha?) o dom de se manifestar para as
massas, com uma retórica duvidosa, mas conseguiu convencer a muitos, pois, além
de se eleger, ele também elegeu uma companheira tão inepta quanto ele. Mas
ninguém engana a todos o tempo todo. E contra fatos não há argumentos. Vou atacar
alguns pontos do seu discurso. Alguns deles eu combato há muitos anos, pois,
não por convicção partidária, mas motivado pelo fato de que, ele como pessoa,
nunca teve a minha estima ou sequer a mínima simpatia.
LINGUAGEM. Um
homem que está há tanto tempo no poder já poderia ter um melhor vocabulário e
preparo, pois dinheiro e tempo não lhe faltaram para estudar. Inclusive,
durante as suas milhares de viagens que fez, uma professora particular poderia
ter sido contratada e lhe acompanhado. Como dizia Wittigenstein: "Os limites da minha linguagem são os limites do meu
Mundo."
OUTRO IDIOMA. É vergonhoso o fato de
ele ser tão aclamado no exterior (como ele sempre diz) e não falar sequer
inglês ou algum outro idioma. Pois, como falado no tópico acima, ele é
vagabundo e jamais se esforçou para melhorar estudando, como, a propósito, é um
dever de todos, mas especialmente de um político. Para ajudar a resolver
diversos problemas em prol do bem comum, no mínimo, é preciso entendê-los.
ESDRÚXULA. No seu discurso é comum
botar um palavrão ou uma fala de baixo calão, sempre usa um palavreado vulgar,
o que difere de ser simples ou popular. Como ex-presidente tinha que ser mais
exemplar, não usar o título apenas para o que lhe favoreça. Foi pego falando
palavrões sobre a condução, mais um sofisma, pois segundo a polícia ele vinha
se esquivando faz tempo, inclusive fez aquela manobra recente para não
comparecer junto ao Fórum Criminal, aqui em São Paulo. Esse é o seu cotidiano,
conforme vídeo da “companheira” que está circulando.
INCOERÊNCIAS. É comum nos seus
discursos ele dizer que não sabia de algo ou só frisa em um acontecimento o
fato que lhe favoreça. Porque recebe por palestras tão caras se as suas máximas
não se sustentam? É para pasmar! Ele é um fanfarrão da fala, um marqueteiro contumaz
dele mesmo, mas com certa habilidade para tentar buscar um apelo emocional que
lhe favoreça. Ao passo que a sua pupila, Dilma, sequer isso consegue ter, com
falas bisonhas e com teorias indefensáveis.
RETÓRICA GROSSEIRA. Sempre é um coitado
nas suas falas. Um marginalizado. Usa o coitadismo como a sua máxima. Disse que
é o Presidente que mais ganhou presentes. Outro dia era o homem mais íntegro do
mundo. E não é nada humilde, pois vive se comparando. Comparou-se e se autoproclamou
superior a cientistas políticos, advogados, políticos, policiais e etc. É
melhor que todos! Será?
CONDUÇÃO COERCITIVA. Nada refutou sobre
as acusações de fato que ele sabia do que se tratava. Os filhos têm negócios
escusos. Está ligado diretamente junto às construtoras. A empresa do filho (que
visa lucro) está usando do mesmo endereço e funcionários do “Instituto”. Assim
como a Bancoop que era para ser uma cooperativa agia como incorporadora e
lucrava e, ainda cedeu tudo para a OAS de modo deplorável. Nada explica sobre o
sítio, o apartamento do Guarujá e etc. Mas confessou que os pedalinhos estão em
nome dos netos! Com tantos “amigos” assim, todos acabam se questionando se
temos realmente amizades verdadeiras.
Ora,
diante de tantos elementos, pela sua fala, nota-se que não há consistência de
argumentos e de vivência. Não discorre com recursos básicos com começo, meio e
fim (premissa maior, premissa menor e conclusão), de modo que, não segue uma
lógica aristotélica ou qualquer outro sistema lógico. Seu discurso se nutre de
coitadismo, falsa defesa dos excluídos e mentiras sem substrato. Totalmente
maquiavélico, no sentido de os fins justificarem os meios e os meios garantirem
os fins. Ou seja, com cunho eminentemente finalístico!
Agiu
o discursante com torpeza, já que seu extremismo partidário beira o nazismo, em
sede de querer destruir qualquer outro argumento que o antagonize. Visando
arrebatar qualquer possibilidade de, no mínimo, garantir um dualismo nas
situações. Fala maniqueísta extrema. Lembrando também em muito as religiões extremistas.
Portanto,
o discurso do ex-presidente foi lamentável. Se fosse funcionário de uma empresa
séria ele deveria ter sido demitido! Por ser ex-presidente não detém salvo
conduto, não está imune e tudo o que está ocorrendo (sem entrar no mérito da
chamada condução coercitiva), por óbvio, demonstra a autonomia das instituições
e que as decisões são jurídicas sim, são políticas sim e são econômicas sim. E
deve prevalecer a vontade da maioria, o que atribui legitimidade a um Estado!
Um discurso sem coesão, sem substrato fático e sem embasamento não se sustenta,
rui e leva o seu interlocutor ao descrédito.
Advogado.
Especialista em Direito
Processual Civil pela Universidade São Francisco.
Especialista em Direito
Tributário pela Escola Superior de Advocacia da OAB/SP.
MBA (Master Business Administration) em Auditoria pela Universidade Nove
de Julho.
Especializando (Lato Sensu) em
Computação Forense pela Universidade Mackenzie.
Coordenador da Comissão de
Direito do Consumidor, da Subseção da OAB/Santana.
Membro Efetivo da Comissão de
Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP.
Curso de extensão pela
FGV: “Fundamentos da Gestão de TI”.
Curso de extensão pela
FGV. “Processo de Comunicação e Comunicação Institucional”.
Curso de extensão pela
FGV: “Ética Empresarial”.
Articulista nos
Portais TI Especialistas, Direito & TI, Profissionais TI e Yes Marília.
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