Vou elencar os maiores problemas da saúde atual.
A) MERCANTILIZAÇÃO DA
VIDA: somos tratados como números e não como pessoas, menosprezando os
empresários nossa dignidade humana, impondo-nos filas gigantes, deslocamentos
impossíveis para uma metrópole como São Paulo e demais intempéries que variarão
de plano para plano.
B) ANS (Agência Nacional
de Saúde): planos de ponta também falham, demoram no atendimento e por vezes
negam atendimentos e etc. Isso se deve ao fato da referida Agência ter
aumentado a lista de atendimentos. Assim, em tese, para não diminuir os lucros
tais empresários têm limitado ou dificultado os atendimentos, cada dia mais e
mais.
C) ESTADO OMISSO: não há
uma fiscalização efetiva ou penalizações, o Estado delegou tais funções (ANS) e
o mais efetivo resultado que tenho visto fazer é impedir que os planos
contratem com novos consumidores, o que é pouco!
D) MÉDICOS E
DESCOMPROMISSO: alguns médicos não honram tal profissão. Falta-se vocação,
ética e alguns parecem não gostar de lidar com pessoas. Muitos profissionais
apenas são submissos à glamorização e ostentação que tal profissão ganhou. A
maioria dos médicos é formada por pessoas que tiveram uma boa situação
financeira, mesmo os que estudaram nas faculdades estaduais ou federais (USP,
UNESP e demais). De repente uma saída seria o Estado subsidiar a ampliação de
vagas para estudantes de medicina, formando mais médicos e exigindo dedicação
ao Estado, ao menos por alguns anos. Como há poucos, em relação à demanda, por
isso vem ocorrendo esses desmandos, dada a lei de oferta e procura.
Creio que esses são
alguns dos grandes males. Também venho sofrendo com esses planos, inclusive
tenho que mudar o meu que não é de ponta. Minha filha teve convulsão febril no
ano passado e foi um grande susto. Ontem esperei três horas para ela ser
atendida no hospital próprio do plano. E hoje ela terá que ir novamente, pois o
organismo está repulsando os alimentos e medicamentos. Mas, afinal, a médica
não sabia que isso poderia ocorrer?
PROCESSOS: como resposta
me resta processar, já que o Judiciário vem dando guarida aos pontos que
elencarei a seguir, pois são ilegais:
1) DEMORA NO
ATENDIMENTO: existe uma tese de dano moral por perda de tempo útil que poderá
crescer e vingar, quanto mais pessoas aderirem e enfrentarem os planos de saúde;
2) DESCREDENCIAMENTO: de
médicos e clínicas é ilegal, pois eles têm que repor à altura, com prévio
aviso, além disso, inviabilizam a continuidade de tratamentos, lesando a
relação médico paciente, quando atingida;
3) TRANSFERÊNCIA
HOSPITAL PRÓPRIO: a centralização de tratamentos apenas em hospitais do
convênio é ilegal, pois, centraliza em locais longínquos da cidade,
inviabilizando tratamentos e procedimentos, de modo que existe a rede
credenciada para ter um maior atendimento inclusive geográfico;
4) NEGATIVA DE
TRATAMENTO: quando há tratamento de urgências e emergências ou rescisão
unilateral do contrato o Judiciário tem sanado, inclusive com liminares, tais
disparates
Em conclusão, com tal
breve diagnóstico não há um prognóstico certo, tampouco previsão de cura às
chagas do nosso sistema de saúde, tão maltratado. Mas creio que reclamar no
facebook, fazer reclamações no site Reclame Aqui e demandar os planos,
hospitais ou médicos é uma saída para fazer com que sintam numa zona sensível,
gerando feridas financeiras em tais empresas, já que lhes dói terrivelmente
quando lhes atinge o bolso. Agora se eles tem tantos prejuízos como alegam, por
que não mudam de ramo? Resposta: mentiras, pois lucram ano a ano.
ADRIANO
AUGUSTO FIDALGO.
Titular da Fidalgo Assessoria.
Advogado.
Militante nas áreas cível, atendimento
medico/hospitalar, família e sucessões, contratual, tributária, empresarial,
imobiliária, trabalhista e consumidor.
Corretor de Imóveis.
Auditor Jurídico.
Auditor em concursos promocionais (Avon,
Sadia, Centauro, Webmotors/Santander e outros).
Bacharel em Ciências Jurídicas.
Especialista em Direito Processual Civil pela
Universidade São Francisco.
Especialista em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia da OAB/SP.
Especialista em Direito Tributário pela Escola Superior de Advocacia da OAB/SP.
MBA em Auditoria pela Universidade Nove de
Julho.
Membro da Comissão de Direito do Consumidor, da Subsecção da OAB/Santana.
Membro da Comissão de Direito do Consumidor, da Subsecção da OAB/Santana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário